O ano de 2024 entrará para a História como aquele em que mais eleitores irão às urnas. Das mais de 80 eleições no mundo inteiro, seis serão na América Latina, sem contar as municipais no Brasil e na Costa Rica nem as regionais no Chile.
As presidenciais vão acontecer no México, Venezuela, Uruguai, República Dominicana, El Salvador e Panamá. A que mais atenção atrai e a que mais incógnitas gera é a da Venezuela. Haverá eleições limpas, transparentes e justas? Ou haverá mesmo eleições?
Outra dúvida é até que ponto o processo eleitoral na Venezuela vai produzir efeitos nas hipóteses que Joe Biden terá contra Donald Trump nos Estados Unidos.
No México, em El Salvador e na República Dominicana os governantes correm com vantagem. Se vencerem, vão eliminar a tendência, dos últimos anos, de vitórias das oposições.
Em El Salvador, o desrespeito pela Constituição parece menos importante do que a lei e a ordem e na Argentina, onde já houve eleições, permanece a dúvida: até onde resiste a sociedade ao ajuste fiscal, base da revolução liberal de Javier Milei?
De todas as regiões no mundo, a América Latina será a que menos vai crescer economicamente. E isso é particularmente preocupante numa região de frágeis instituições democráticas, algo que se tornou evidente com o “estado de exceção” contra o “conflito armado interno” decretado no Equador.