América Latina

Eleições na Argentina: câmara eleitoral descarta suspeitas de fraude nas presidenciais

As garantias da CNE surgem dias depois de ter sido tornado pública uma alegada fraude com modificação de votos na primeira volta das eleições presidenciais, em outubro

Andre Coelho/REUTERS

A Câmara Nacional de Eleições (CNE) da Argentina considerou hoje "absolutamente infundadas" as suspeitas de fraude eleitoral levantadas pelo partido A Liberdade Avança, do candidato ultraliberal Javier Milei, às presidenciais no país.

Em declarações à rádio Mitre, Sebástian Schimmel, da CNE, disse que "não há nenhuma denúncia, nem nenhum facto que justifique a preocupação" de possível fraude nas eleições presidenciais, garantindo que o processo eleitoral é seguro e "robusto".

As garantias da CNE surgem dias depois de ter sido tornado pública uma alegada fraude com modificação de votos na primeira volta das eleições presidenciais, em outubro, para favorecer o candidato do centro-esquerda Sérgio Massa, ministro argentino da Economia.

O partido A Liberdade Avança acabou por admitir que a informação sobre a alegada fraude partiu das redes sociais e de "pessoas que não se quiseram identificar".

No domingo realiza-se a segunda volta das eleições presidenciais, com 35,8 milhões de eleitores a serem chamados às urnas. Na Argentina, o voto é obrigatório para cidadãos entre os 18 e os 70 anos.

Na primeira volta das eleições, Sérgio Massa obteve 36,7% dos votos e prometeu formar um governo de unidade nacional caso vença a segunda volta.

O economista ultraliberal Javier Milei obteve 30% dos votos, seguindo-se a candidata da coligação de centro-direita Juntos pela Mudança, Patricia Bullrich, que somou 23,8%.