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Extrema-direita a caminho de vitória histórica no leste da Alemanha: cenário suscita “desapontamento”, mas não “surpresa”

O triunfo na Turíngia, bastião da AfD, parece garantido, enquanto na Saxónia as eleições deste domingo deverão ser mais renhidas. Nunca no período pós-guerra a extrema-direita esteve tão próxima de vencer uma eleição estadual. E a única via para a manter afastada do poder parece ser uma coligação de democratas-cristãos com um novo partido, que é de esquerda na economia, mas próximo da extrema-direita na imigração. A um ano das eleições nacionais, o futuro do chanceler Olaf Scholz também está em jogo

Björn Höcke, líder da Alternativa para a Alemanha (AfD, extrema-direita) na Turíngia, num comício onde se vê uma bandeira alemã com a Cruz de Ferro, condecoração militar usada no Reino da Prússia e no Império Alemão e, mais tarde, recuperada pela Alemanha Nazi
Hannes P Albert/picture alliance/Getty Images

As eleições deste domingo na Turíngia e na Saxónia arriscam-se a escrever uma nova página na História da Alemanha. Pela primeira vez desde o fim da II Guerra Mundial um partido de extrema-direita pode vencer uma eleição estadual. As sondagens apontam mesmo como possível a vitória da Alternativa para a Alemanha (AfD) em ambos os estados do leste do país, com intenções de voto na ordem dos 30%. A AfD também surge na frente para as eleições de 22 de setembro em Brandemburgo.