“Na padaria, dizem à minha mulher que ela é suja. Insultam-na por ser afegã. E nós não fizemos nada de mal”, conta Najibullah Mohammadi, de 32 anos, ex-trabalhador freelancer de Cabul. Na padaria local em Pakdasht, a sul de Teerão, o insulto é feito em público e sai afiado, sem hesitações. “Disseram-lhe: ‘És suja. Vocês, afegãos, são todos sujos.’ Assim mesmo, sem motivo, sem vergonha”, recorda. Para a família Mohammadi foi apenas mais uma manhã num país que todos os dias os lembra de que não são bem-vindos.
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“Somos castigados por termos sobrevivido”
O Irão está a deportar milhares de afegãos. Os que ficam sofrem discriminação grave