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Trump enviou uma carta ao 'ayatollah' do Irão e Putin está disponível para mediar as conversações: que potencial tem este diálogo de vingar?

À semelhança do que fez no primeiro mandato, com a Coreia do Norte, Donald Trump quer conversar com um inimigo de décadas dos Estados Unidos: a República Islâmica do Irão. Tem contra si a desconfiança que gerou em Teerão ao retirar os EUA, de forma unilateral, do acordo internacional sobre o programa nuclear. O Expresso ouviu três investigadores iranianos sobre as circunstâncias que rodeiam esta proposta de trégua

Em Teerão, os muros da antiga embaixada dos EUA são usados para pintar murais hostis
MORTEZA NIKOUBAZL / NURPHOTO / GETTY IMAGES

A ‘estratégia flic-flac’ que Donald Trump tem aplicado à política externa dos Estados Unidos, nesta segunda passagem pela Casa Branca — aproximando-se de inimigos, como a Rússia, e distanciando-se de aliados, como a União Europeia e o Canadá — está a chegar ao Irão.

E se, no seu primeiro mandato, Trump retirou unilateralmente os EUA do acordo internacional sobre o programa nuclear do Irão (JCPOA, na sigla em inglês) e castigou-o com sanções, numa estratégia de “máxima pressão”, agora manifesta intenção de dialogar, ainda que em termos próprios.