Internacional

EUA anunciam novo pacote de mil milhões de dólares para Kiev

O pacote junta-se a um montante adicional de 725 milhões de dólares em assistência militar dos EUA que serão retirados dos 'stocks' do Pentágono para chegarem mais rapidamente às linhas da frente

Gleb Garanich

Os Estados Unidos anunciaram este sábado mil milhões de dólares em apoio de armas à Ucrânia, num esforço da administração Biden para gastar todo o dinheiro autorizado pelo Congresso antes da tomada de posse do presidente eleito Donald Trump.

O pacote incluirá mais drones e munições para os sistemas de 'rockets' de artilharia de alta mobilidade (HIMARS) e faz parte de um projeto de longo prazo de financiamento de armamento.

Esta medida destina-se a apoiar as futuras capacidades militares da Ucrânia e não a fazer uma diferença imediata.

O pacote de 988 milhões de dólares junta-se a um montante adicional de 725 milhões de dólares em assistência militar dos EUA, anunciado na segunda-feira, que serão retirados dos 'stocks' do Pentágono para chegarem mais rapidamente às linhas da frente.

Os EUA forneceram à Ucrânia mais de 62 mil milhões de dólares em ajuda militar desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022.

A Ucrânia está a enfrentar um ataque intensificado por parte da Rússia, que está agora a utilizar milhares de tropas norte-coreanas para reforçar a sua luta pela reconquista da região de Kursk.

Moscovo também lançou um míssil balístico de alcance intermédio e tem atacado regularmente as infraestruturas civis de Kiev.

Com dúvidas sobre o futuro apoio militar à Ucrânia por parte de Trump, a administração Biden tem tentado gastar todos os dólares que restam de uma enorme lei de ajuda externa aprovada no início deste ano para melhorar a situação de Kiev.

Trump teve este sábado um encontro com os presidentes ucraniano e francês, enquanto estava em Paris para a reabertura da Catedral de Notre Dame.

Admirador de longa data do presidente russo Vladimir Putin, Trump criticou a ajuda dos EUA à Ucrânia e apelou a um fim rápido da guerra, levantando preocupações na Ucrânia sobre os termos que podem ser estabelecidos para quaisquer negociações futuras.

Naquele que foi um dos seus últimos discursos, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Austin, disse estar "confiante de que o Presidente Reagan [republicano] teria estado ao lado da Ucrânia, da segurança norte-americana e da liberdade humana".

Sob a supervisão de Austin, o Pentágono lançou em 2022 uma reunião regular que agora conta com mais de 50 países para enviarem dezenas de milhões de munições e milhares de milhões em armamento avançado para a Ucrânia.

"Juntos, ajudámos a Ucrânia a sobreviver a um ataque total por parte do maior exército da Europa", afirmou Austin.