A líder da oposição espanhola concedeu uma entrevista ao jornal espanhol “El País” através de meios digitais, de um local não identificado e sem qualquer evidência de onde possa ter sido, já que María Corina Machado está na clandestinidade desde uma manifestação a 3 de agosto, em Caracas.
Na entrevista, Maria Corina Machado mostra-se otimista. “Em 25 anos nunca tínhamos estado aqui, com o regime tão fraco e nós tão fortes. Está a cair a farsa de que este é um país polarizado. As bases do chavismo estão connosco, as bases das Forças Armadas estão connosco”, afirmou ao “El País”.
“O desafio é fazer Maduro compreender que a sua melhor opção é aceitar os termos de uma transição negociada. Muitos países, muitos governos estão alinhados em torno disso”, avança a líder da oposição venezuelana.
Mas, acrescenta Corina Machado, trata-se de “uma negociação para a transição e não para a partilha de poder ou outras ideias que tenham surgido”. Avança ainda que no âmbito das negociações para a transição, a oposição a Nicolás Maduro está disponível “dar garantias, salvo-condutos e incentivos [a Maduro e ao Chavismo]”, sublinhando, contudo, que não pode “entrar em detalhes porque é obviamente inconveniente fazê-lo e seria objeto da negociação em si”.
Corina Machado conclui com um alerta de que "caso Maduro pretenda manter-se no poder pela força, isso produziria uma onda migratória de três ou quatro milhões de pessoas no curto prazo”.