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Grupo de doadores democratas põe candidatura de Biden em causa (e a primeira-dama é uma peça-chave no plano)

Biden começou por receber bem mais donativos do que o candidato republicano, mas a tendência inverteu-se e, após o último debate, os milionários que financiam as campanhas parecem ter-se distanciado do democrata. Entre contactos e reuniões mais ou menos secretas, parece já haver um plano gizado: convencer a sua mulher Jill a persuadi-lo a afastar-se

Chip Somodevilla

O primeiro debate presidencial foi desastroso para Joe Biden, que pareceu sempre perdido no discurso, amorfo e incapaz (apesar de breves laivos de acerto) na reação perante Trump, e levantaria preocupações quanto à “agudeza mental” (a expressão é do Washignton Post) do Presidente norte-americano. Crescem as dúvidas e cresce a pressão. Escreve o New York Times este domingo, os grandes doadores estão “nervosos” face ao “fraco" desempenho no último debate e têm até decorrido “discussões” sobre como tirar Joe Biden da corrida à Casa Branca antes mesmo da Convenção Nacional Democrata de 19 e 20 de agosto. A peça-chave para o convencer: a mulher, Jill Biden.

Em Silicon Valley, um grupo de “megadoadores” liderados pelos milionários Ron Conway e Laurene Powell desdobram-se entre “telefonemas, mensagens e e-mails”, escreve o jornal, para evitar uma “possível catástrofe”. E foi em Silicon Valley que um outro grande doador resolveu simplesmente cancelar uma angariação de fundos já agendada “por causa do debate”.