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Acordo entre Rússia e Coreia do Norte: “amizade vigorosa” garante mais armas a Moscovo e promete prolongar a “guerra de atrito” na Ucrânia

O acordo celebrado entre Putin e Kim Jong-un não simboliza apenas uma aproximação entre Moscovo e Pyongyang, mas um alinhamento mais abrangente de um bloco anti-Ocidente. Os especialistas concordam que o poder da China e a força de dissuasão da NATO são fatores decisivos, mas há dúvidas sobre o quão próximo está o mundo de mergulhar num conflito global

Vladimir Putin recebido por Kim Jong-un na Coreia do Norte
Gavriil Grigorov/AFP via Getty Images

A relação histórica entre a Rússia e a Coreia do Norte conheceu um novo capítulo esta quarta-feira, com o Presidente russo a viajar a Pyongyang pela primeira vez em 24 anos, para celebrar um acordo estratégico de assistência entre os dois regimes. Vladimir Putin foi recebido com pompa e circunstância pelo ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e teve direito ao habitual cortejo organizado pelas forças do país comunista.

A visita representa uma nova aproximação entre Putin e a ditadura norte-coreana, fechada e isolada de quase todo o mundo, numa altura em que tanto a Rússia como a Ucrânia procuram mais armamento pelos seus aliados para desfazer o impasse na linha da frente da invasão.