A população de Taiwan vai às urnas a 13 de janeiro. As eleições presidenciais e legislativas dessa data vão ajudar a definir o rumo que a ilha vai seguir nos próximos quatro anos. Além do futuro dos mais de 23 milhões de pessoas que lá vivem, na esfera internacional o foco está nas consequências dos resultados para as relações entre Taiwan e a China. E, consequentemente, entre a China e os Estados Unidos.
As tensões têm gerado preocupação na região, com o Japão a afirmar na sua estratégia de segurança nacional, no final de 2022, que a China tem intensificado ações militares no mar e espaço aéreo em redor de Taiwan, incluindo com o lançamento de mísseis contra águas em redor do Japão. “As preocupações crescem rapidamente sobre a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan”, indicava o documento.
No verão passado, a China criticou as escalas do vice-presidente de Taiwan, Lai Ching-te, (que é um dos candidatos presidenciais para dia 13) nos Estados Unidos durante sua viagem ao Paraguai. Pequim deixou um aviso: iria tomar medidas “para salvaguardar a sua soberania e integridade territorial”.
Em setembro, 103 aviões militares chineses sobrevoaram Taiwan num intervalo de apenas 24 horas. No mês seguinte, a China disse ter enviado caças para vigiarem e avisarem uma aeronave de patrulha da Marinha americana que sobrevoou o Estreito de Taiwan.