O acordo surgiu de forma inusitada: Viktor Orbán saiu da sala para permitir uma decisão por unanimidade. Orbán foi tomar um café", para "não bloquear nem se associar à decisão", conta António Costa. Uma forma que não é de todo habitual. "Não posso garantir que seja a primeira vez, mas está previsto nos Tratados", explica.
A engenharia legal foi sugerida pela Alemanha. "Uma ideia tão inteligente só a tecnologia alemã permitira", diz. A sugestão foi aceite por Orbán, garante António Costa.
Depois de dias a ameaçar com o veto, o primeiro-ministro húngaro contribui para a unanimidade, mas na rede social Twitter escreveu que "a Hungria não participou na decisão", reiterando que "começar as negociações de adesão com a Ucrânia é uma má decisão".
Falta agora resolver a questão financeira e o pacote de 50 mil milhões de euros para ajudar Kiev nos próximos quatro anos. António Costa acredita que ficará fechado, mas não se sabe ainda se será possível convencer Orbán a aceitar uma decisão a 27, dentro do Orçamento Comunitário. Se travar, os líderes deverão passar ao plano B e aprovar os 50 mil milhões fora do Quadro Comunitário e apenas a 26.