O Presidente dos Estados Unidos é esperado em Israel esta quarta-feira, antes de viajar para a Jordânia, anunciou o secretário de Estado Antony Blinken, segunda-feira. Joe Biden irá encontrar-se em Amã com dirigentes árabes como o rei jordano, Abdullah II, o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi e o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, informou a Casa Branca.
Biden “irá reiterar a convicção de que o Hamas não representa a grande maioria do povo palestiniano, que também é vítima”, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos. O movimento terrorista levou a cabo um ataque contra Israel, no passado dia 7, em que matou 1400 israelitas.
Já Blinken afirmou, após uma noite de conversações em Telavive com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que “o Presidente reafirmará a solidariedade dos Estados Unidos para com Israel e o compromisso inabalável para com a sua segurança”. Para o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, “Israel tem o direito e o dever de defender o seu povo contra o Hamas e outros terroristas e de prevenir futuros ataques”.
Biden “ouvirá de Israel o que precisa para defender o seu povo e continuaremos a trabalhar com o Congresso para satisfazer essas necessidades”, continuou. O secretário de Estado anunciou que Washington obteve garantias de Netanyahu relativamente à entrega de ajuda humanitária estrangeira à Faixa de Gaza, bloqueada por Israel, que prepara uma ofensiva terrestre contra o território governado pelo movimento islamita Hamas.
Ajuda humanitária é prioridade
Biden espera “ouvir de Israel como vai conduzir as suas operações de forma a minimizar as baixas civis e permitir que a ajuda humanitária seja entregue aos civis em Gaza de uma forma que não beneficie o Hamas”, disse Blinken. “A nosso pedido, os Estados Unidos e Israel acordaram elaborar um plano que permita que a ajuda humanitária dos países doadores e das organizações multilaterais chegue aos civis em Gaza.” As duas partes estão a discutir a “possibilidade de criar zonas para ajudar a manter os civis fora de perigo”.
Em Gaza vivem dois milhões de pessoas, num território onde não entram eletricidade, água e alimentos. Segundo dirigentes palestinianos, os ataques israelitas desde a matança do Hamas no dia 7, causaram já 2800 mortos e mais de dez mil feridos.
O Governo israelita exigiu que cerca de metade da população da Faixa fosse do norte do território (onde há maior concentração de terroristas do Hamas) para sul. A operação é difícil de realizar, e Israel continua a bombardear alvos do Hamas em Gaza.
A preocupação de Washington é conseguir que ajuda humanitária chegue aos civis da Faixa. Biden quererá também evitar que o conflito se alastre. Washington apoia Israel, tendo enviado para a zona dois porta-aviões e uma força de 2000 marines, estes para ajudar a retirar dali americanos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita admite o Hamas e o Hezbollah (outro movimento terrorista baseado no Líbano) lancem ataques preventivos contra o seu país. As forças armadas do Estado judaico querem retirar pessoas de um raio de dois quilómetros da fronteira libanesa.