Internacional

“Estamos em guerra”, afirma Benjamin Netanyahu, depois de o Hamas lançar nova operação

Milhares de foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel esta madrugada, dando início a uma nova operação, anunciada pelo líder do braço armado do Hamas. Primeiro-ministro israelita já se pronunciou. E o ministro da Defesa afirmou que o Hamas “cometeu um grande erro”

REUTERS

Numa rara declaração pública, Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas, afirmou este sábado que o grupo lançou uma nova operação contra Israel. Cinco mil foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel antes das 6h30 locais, durante uma hora, dando início à 'Operação Tempestade Al-Aqsa'. "Decidimos dizer basta", notou Deif, apelando a todos os palestinianos para confrontarem Israel.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou na rede social X, ex-Twitter, que o Hamas “cometeu um grande erro esta manhã” e que Israel “vai ganhar esta guerra”. Foi declarado “alerta de estado de guerra”, segundo a imprensa internacional.

Segundo o exército israelita, a operação do Hamas aconteceu por terra, ar e mar. E a Força Aérea de Israel anunciou já estar a atacar alvos na Faixa de Gaza, de acordo com o i24News, canal televisivo de Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também já se pronunciou: “Estamos em guerra”, afirmou.

Semanas de tensões

Após os milhares de foguete disparados esta madrugada, o exército de Israel dissera que "um número desconhecido de terroristas" da Faixa de Gaza se infiltrou em território israelita. "Foi pedido aos residentes das zonas próximas da Faixa de Gaza para permanecerem nas suas casas", disse o exército em comunicado. “As Forças de Defesa de Israel irão defender os civis israelitas e a organização terrorista do Hamas pagará caro pelas suas ações."

Uma mulher em Israel morreu na sequência de um disparo com origem na Faixa de Gaza, anunciou a organização de socorro israelita Magen David Adom. Além da vítima mortal, na casa dos 60 anos, 15 outras pessoas ficaram feridas no sul de Israel, notou a organização.

Em Israel, as sirenes de alerta soaram em várias cidades. De acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), não houve uma resposta imediata de Israel. O exército israelita efetua habitualmente ataques aéreos em resposta ao lançamento de foguetes.

Os lançamentos ocorreram após semanas de tensões ao longo da fronteira de Israel com Gaza e de pesados combates na Cisjordânia ocupada por Israel.

Pelo menos 247 palestinianos, 32 israelitas, um ucraniano e um italiano foram mortos desde o início do ano, em atos de violência ligados ao conflito israelo-palestiniano, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas.

Estas estatísticas incluem combatentes e civis, incluindo menores, do lado palestiniano, e civis, incluindo menores e três membros da minoria árabe, do lado israelita.