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Espanha: Estado plurinacional é uma saída arriscada para o impasse na formação do governo

Debate sobre o modelo territorial está vivo. Até o conservador Alberto Núñez Feijóo admite mudanças no caso catalão

Carles Puigdemont, ex-presidente do governo regional da Catalunha, com o atual chefe do executivo autonómico basco, Íñigo Urkullu
MIGUEL TONA/EPA

A sessão de investidura como primeiro-ministro que Alberto Núñez Feijóo protagonizará nos dias 26 e 27 terá um aspeto inédito: o uso normalizado das línguas cooficiais do Estado espanhol ­— catalão, basco e galego —, além do castelhano. É mau sinal para Feijóo, líder do Partido Popular (PP, centro-direita), já que quem aprovou essa inovação foram os partidos que provavelmente apoiarão a recondução do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda).

Essas forças recorreram a procedimentos de urgência para permitir o uso livre de tais idiomas, até agora limitado ao Senado (câmara alta). Os únicos votos contra vieram do PP e do Vox (extrema-direita), que apoiam Feijóo. Este foi chamado a formar Governo pelo rei Felipe VI enquanto vencedor das legislativas de 23 de julho, mas faltam-lhe quatro votos para assegurar a investidura.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.