Internacional

Argentinos votam em primárias e afluência era de 28% ao fim da manhã

Votação vai permitir designar os candidatos que vão disputar as eleições de outubro

JUAN MABROMATA/ Getty images

Os argentinos votam este domingo em primárias destinadas a designar os candidatos que vão disputar as eleições de outubro e a participação era de 28% dos recenseados até ao fim da manhã.

Segundo a informação disponibilizada pela Câmara Nacional Eleitoral até às 12h locais (16h em Lisboa), tinha sido registada uma participação de 28% dos recenseados, o que representa menos de um terço dos 35 milhões de eleitores chamados às urnas nestas primárias destinadas a escolher os candidatos presidenciais, mas também os partidos que disputarão, em 22 de outubro, os mandatos parlamentares.

Os primeiros resultados devem ser conhecidos às 22h locais (02h em Lisboa), ou seja quatro horas após o encerramento das urnas.

Para conseguir a participação nas eleições de outubro, os partidos têm de obter um mínimo de 1,5% dos votos.

O nível de participação a meio da jornada eleitoral foi considerado "normal" pelas autoridades eleitorais, segundo a agência EFE.

No entanto, num contexto de descontentamento popular, com o país a enfrentar dificuldades económicas e uma elevada taxa de inflação, os principais dirigentes políticos apelaram à participação, receando que a abstenção seja alta.

Um dos primeiros a votar foi o atual ministro da Economia, Sérgio Massa, aspirante a candidato pela União pela Pátria, que afirmou ter "boas expectativas" em relação ao resultado e disse que este é "um primeiro passo" para o objetivo de continuação dos peronistas no poder.

No Juntos Pela Mudança (centro-direita), principal coligação da oposição, os dois pré-candidatos, Horacio Rodríguez Larreta e Patricia Bullrich, viveram situações opostas. O autarca de Buenos Aires pode votar sem dificuldades, mas Bullrich enfrentou as demoras no voto eletrónico denunciadas por muitos eleitores da capital.

O atual Presidente argentino, Alberto Fernandez, que não se recandidata e vai deixar o cargo no próximo dia 10 de dezembro, lembrou que o país celebra 40 anos de democracia.

"Sempre que se vota, a Argentina torna-se um país melhor. Quando as pessoas votam escolhem o seu destino, protegem os seus direitos, pensam no seu futuro e no dos seus filhos", afirmou.