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Queda do eterno negociador Mark Rutte deixa Países Baixos no limbo até novembro

Governo caiu por desacordo entre os quatro partidos que o compõem no tocante à imigração. Oposição de esquerda reorganiza-se, enquanto direita troca de dirigentes e populistas esperam seduzir eleitores desiludidos

Mark Rutte
Patrick van Katwijk/Getty Images

Com quase 13 anos de serviço, o primeiro-ministro mais antigo dos Países Baixos vai abandonar a política. Mark Rutte sai de cena após quase 13 anos de serviço, o que na Europa o deixa apenas atrás do húngaro Viktor Orbán.

O liberal conservador anunciou-o segunda-feira, surpreendendo amigos e inimigos. O anúncio seguiu-se à queda do seu Executivo, dias antes, devido a um conflito na coligação de centro-direita sobre a política de refugiados. Segundo muitos em Haia, Rutte já ultrapassara o seu prazo de validade há algum tempo. No entanto, a rapidez dos acontecimentos surpreendeu o Parlamento: muitos deputados do seu próprio Partido Popular da Liberdade e da Democracia (VVD) não sabiam de nada.

Agora que a poeira já assentou um pouco no Binnenhof, sede do Parlamento e do Governo dos Países Baixos, é tempo de reconstrução. Qual é o legado de Rutte para a política holandesa e que cenários se desenham para o futuro?