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Juan Carlos voltou a Espanha, apesar de o filho Filipe VI lhe ter dito que era “inoportuno”

A segunda viagem do rei emérito a Espanha em menos de um ano Rodeado gerou tanta expectativa como a primeira, mas o ex-monarca mostrou-se mais discreto. O palácio real fez-lhe saber que preferia que evitasse a visita a pouco mais de um mês de eleições regionais e municipais

Juan Carlos I num carro após desembarcar no aeroporto de Vigo
MIGUEL RIOPA/AFP/Getty Images

Menos expectativa mediática, mas o mesmo desagrado formal por parte da Casa do Rei. Juan Carlos I, antigo chefe de Estado espanhol ­— abdicou em 2014 e abriu caminho ao filho Filipe VI — está de volta a Espanha, onze meses depois da primeira viagem que fez, desde que se autoexilou, ao país que reinou durante 39 anos. Abandonou-o a contragosto, devido a escândalos financeiros e sentimentais.

O antigo chefe de Estado, que reside en Abu Dhabi desde agosto de 2020, soube que não seria “oportuno” visitar Espanha antes das eleições municipais e regionais marcadas para o próximo dia 28 de maio. O palácio real queria evitar qualquer interferência política, segundo o diário “El País”, bem informado na matéria. Colaboradoras de Juan Carlos retorquiram que a campanha eleitoral ainda na começou formalmente e que o ex-rei viria mesmo, sem se demorar. E assim foi, esta quarta-feira.

Enquanto boa parte dos comentadores da comunicação social conservadora insistem que o octogenário é um cidadão espanhol com todos os direitos vigentes para ir livremente ao seu país. Recordam que não corre termos qualquer processo judicial ou fiscal contra ele.