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“Hong Kong, China”: expressão passa a ser obrigatória nas associações desportivas, depois de o hino pró-democracia ter entrado em campo

No final de 2022 sucederam-se incidentes criticados pelo governo de Hong Kong: em vez do hino da China, ecoou em recintos desportivos a canção “Glória a Hong Kong” (símbolo dos protestos pró-democracia) e a Google recusou-se a alterar a ordem das pesquisas para a o hino chinês aparecer primeiro. Esta semana, a política volta a cruzar-se com o desporto: o Comité Olímpico da cidade exige que as associações incluam a expressão “Hong Kong, China” no seu nome oficial

(Foto: Marc Fernandes/NurPhoto via Getty Images)

As associações desportivas de Hong Kong passam a incluir “China” no seu nome oficial, sob pena de serem expulsas do Comité Olímpico da região e de perderem financiamento, noticiou o jornal “South China Morning Post”. O aviso surge pouco tempo depois de sucessivos enganos com o hino nacional a tocar em competições desportivas com equipas da região.

Quem pesquisar em inglês no Google, em modo anónimo, o hino de Hong Kong, recebe como primeiro resultado uma canção que começa com a seguinte estrofe:

“Nós prometemos: lágrimas na nossa terra nunca mais
Na ira, as dúvidas dissipadas, nós tomamos uma posição
Ergam-se! Vocês que não voltarão a ser escravos
Por Hong Kong, que reine a liberdade”

O tema, intitulado ‘Glória a Hong Kong’ e hino não-oficial dos protestos pró-democracia na região em 2019, ecoou em competições desportivas no final do ano passado. Mas não é o hino nacional. Hong Kong é uma região administrativa especial da China e o hino do país é a “Marcha dos Voluntários”.