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Um cartão amarelo e outro vermelho? Como duas eleições intercalares apertam o cerco a Boris Johnson

São apenas 150 mil eleitores num país com 67 milhões de habitantes, mas o certo é que duas eleições para substituir deputados conservadores estão a ser encaradas como novo teste à continuidade do Governo do Reino Unido. O Expresso fala com um perito que admite que Johnson possa perder nos dois círculos, ambos representativos do eleitorado que o levou ao poder. A dar-se o caso, iria espicaçar a oposição interna

O chefe dos trabalhistas, Keir Starmer (de camisa azul-escura) foi a Wakefield apoiar o candidato Simon Lightwood (ao centro da imagem). A oposição espera vencer as duas intercalares de 23 de junho de 2022 e dar mais um sinal de que o tempo de Boris Johnson acabou
Ian Forsyth/Getty Images

O Partido Conservador britânico pode conhecer esta quinta-feira a reação do eleitorado (ou parte dele) à recente decisão da sua bancada parlamentar de manter em funções o primeiro-ministro. No passado dia 6 de junho, 211 dos 349 deputados tories decidiram segurar Boris Johnson, contra 148 que queriam apeá-lo do poder na sequência das festas ilegais em Downing Street durante a pandemia.

Agora, a 23 de junho, seis anos certos depois do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia, os cidadãos dos círculos eleitorais de Wakefield (em Yorkshire, no norte de Inglaterra), e Tiverton & Honiton (no Devon, no sudoeste), são chamados às urnas para substituir dois parlamentares, ambos conservadores, que se demitiram na sequência de escândalos sexuais. Quando tal acontece, convoca-se uma eleição para escolher o deputado que completará o mandato. As urnas estão abertas desde as 7h e até às 22h.