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França 2022. O jogo nas presidenciais já não é só entre Macron e Le Pen

Em França, as eleições regionais e departamentais do último fim de semana mudam caras e cenário dos candidatos às eleições presidenciais do próximo ano. Para além de Macron e Marine Le Pen há outros nomes na corrida

A líder nacionalista não teve uma boa noite na primeira volta das regionais
GONZALO FUENTES/REUTERS

Baralhar e voltar a dar. Como numa partida de cartas, as eleições regionais e departamentais, cuja segunda volta se disputa no domingo, baralharam o jogo político francês, a menos de um ano das presidenciais de abril de 2022. A primeira volta foi um desaire para o partido A República em Marcha (LREM, liberal), do Presidente Emmanuel Macron, apesar do envolvimento de ministros na campanha. O Ajuntamento Nacional (RN, extrema-direita), de Marine Le Pen, ficou muito abaixo do que anunciavam as sondagens. Assim renascem Os Republicanos (LR), a clássica direita gaullista.

Se não se dividirem, como sucedeu no passado com frequência, o LR poderá apresentar às presidenciais um ou dois candidatos credíveis, designadamente o “independente” Xavier Bertrand, que, com o apoio deste partido, venceu confortavelmente a primeira volta na região nortenha de Hauts-de-France (41%). Antigo ministro da direita, esmagou o LREM, que enviou para a região nada menos do que cinco membros do Governo, para tentar travar a sua ascensão.