Manifestantes antigoverno, canhões de água, pilhagens em centros urbanos. São imagens pouco habituais nos Países Baixos, mas bem reais em janeiro, quando o governo de centro-direita de Mark Rutte anunciou o recolher obrigatório para combater o coronavírus. No mesmo mês, por motivos não ligados à pandemia (um escândalo de subsídios sociais), o Executivo demitiu-se, a dois meses do fim do mandato.
Há pouco mais de uma semana, a sonolenta aldeia de Bovenkarspel, a 60 quilómetros de Amesterdão, acordou de maneira violenta, quando um explosivo improvisado destruiu as janelas de um centro de testes à covid-19. Não houve feridos, mas a notícia correu mundo.