Apesar dos esforços dos seus dirigentes para evitar tal chaga, a corrupção volta a marcar a agenda do Partido Popular (PP, centro-direita), a maior força da oposição espanhola. Há sinais claros de crise.
O presidente do PP, Pablo Casado, mal teve tempo de recompor-se após a sentença judicial que confirmou a existência de um sistema de financiamento irregular do partido (conhecido como “caixa B”) e de práticas generalizadas de contabilidade paralela e remunerações suspeitas a altos dirigentes, no escândalo que ficou conhecido como “caso Gürtel”. Agora vê-se na urgência de paliar os efeitos do “caso Kitchen”, obscuro episódio de espionagem por corpos de segurança do Estado, pago com dinheiros públicos, durante o mandato do anterior primeiro-ministro, Mariano Rajoy.