Na longa saga que foi (e está a ser) o ‘Brexit’, britânicos, outros europeus, políticos, jornalistas e cidadãos curiosos habituaram-se a assistir a contagens decrescentes sucessivas. Também não faltaram linhas vermelhas, pactos de última hora e cláusulas de salvaguarda. Mais de quatro anos depois do referendo e menos de quatro meses antes do cortar dos últimos laços formais entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), o assunto volta a agitar ilhas e continente.
Desde a consulta popular de 23 de junho de 2016 houve o prazo posto a contar com a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que rege a saída de um estado-membro da União Europeia; o prazo para chegar a acordo sobre os termos do divórcio; o prazo para o Reino Unido sair sem ter de eleger novos eurodeputados em 2019 (falhou); os prazos de saída, adiados de 29 de março do ano passado para abril, junho e outubro à medida que os governos de Theresa May e Boris Johnson iam falhando votações na Câmara dos Comuns; e por fim o momento em que o país deixou a União Europeia (UE), 31 de janeiro de 2020.
Memorize agora esta nova data: 15 de outubro. O primeiro-ministro britânico diz que ou há, até esse dia, um acordo sobre a futura relação comercial bilateral ou não vale a pena conversar mais.