A Associação Médica Americana (AMA), pediu esta terça-feira a proibição imediata de todos os cigarros eletrónicos e dispositivos ‘vaping’ (destinados à vaporização de substâncias).
Face ao aumento da utilização de cigarros eletrónicos por menores de idade, geralmente usando soluções que contêm nicotina, e perante o recente surto de doenças pulmonares registados nos Estados Unidos associado ao “vaping”, a AMA assumiu a intenção de fazer ‘lobby’ por leis, regulamentos ou medidas estaduais e federais que garantam a proibição.
“É simples, precisamos de manter os produtos dcomnicotina fora das mãos dos jovens”, afirmou Patrice Harris, presidente da AMA, em comunicado. A associação tinha já defendido a proibição dos líquidos com sabores para vaporização e os anúncios a cigarros eletrónicos.
Para Harris, o surto de mortes trouxe à luz o facto de se saber muito pouco sobre as consequências para a saúde, “a curto e longo prazo”, relacionadas com a utilização destes produtos. Até à data, cerca de 2.100 pessoas ficaram doentes e 42 morreram.
Na maioria dos casos verificou-se que os pacientes usaram substâncias com tetra-hidrocanabinol (THC) - o princípio ativo responsável pelos efeitos psicotrópicos da canábis. As autoridades acreditam que na origem dos graves problemas pulmonares está o acetato de vitamina E, um produto químico com uma textura pegajosa e oleosa, que é usado como um componente para a produção de produtos ilegais para cigarros eletrónicos, contendo THC.