O Governo de Jair Bolsonaro tem uma política de “terra queimada” e de “ataque à soberania nacional”, defende a ex-Presidente do Brasil. Por escrito, Dilma respondeu também a outras questões políticas e falou sobre o escândalo “Vaza Jato” — as conversas do então juiz Sérgio Moro com os procuradores da operação “Lava Jato”, matéria que foi publicada na edição de ontem do Expresso Diário.
Como se reflete a questão dos incêndios na avaliação que faz do Governo?
Bolsonaro representa o desprezo pelas riquezas nacionais e pelo futuro do país. Ele é o ponta de lança da implantação de um neoliberalismo perverso e devastador. A agressão à floresta amazónica é uma face assustadora da destruição da soberania nacional. É um crime de lesa-pátria cometido pelo Governo. O derrube de árvores e as queimadas, sob a inoperância tolerante deste Governo, representa uma investida contra a soberania nacional que equivale em gravidade à venda e desnacionalização de empresas públicas estratégicas, como a Petrobras, anunciada pelo Governo para ocorrer até 2022. A catástrofe ambiental e as privatizações são perigosas. Algumas decisões económicas podem ser revistas e revogadas, mas a extinção de parte da maior floresta tropical do mundo e a venda e desnacionalização da sétima empresa de petróleo do planeta são irreversíveis. O Governo Bolsonaro conduz uma política de terra queimada, de destruição da soberania, de aniquilamento do Estado, de extinção de direitos e, literalmente, de desrespeito pelo meio ambiente e devastação da Amazónia.
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