“Completamente inaceitáveis”, disse um porta-voz de Theresa May, primeira-ministra britânica, sobre os comentários de Donald Trump dirigidos a quatro congressistas democratas cujas famílias têm origens fora dos Estados Unidos. Apesar de já ter criticando, em ocasiões anteriores, atitudes e declarações do Presidente dos Estados Unidos, como por altura da marcha de elementos da extrema-direita em Charlottsville, estas são as mais fortes palavras que May dirige a Trump sobre assuntos internos.
Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Rashida Tlaib e Ayanna Pressley, tem-se tornado nas mais críticas vozes contra as políticas de imigração de Donald Trump e, apesar de o Presidente dos Estados Unidos não ter nomeado ninguém quando teceu a crítica, a interpretação foi unânime e quase imediata na maioria dos meios de comunicação - até porque, no Twitter, ele escreveu “estas congressistas com ideias progressivas”, deixando pouca margem para dúvidas.
“Deveriam voltar para os sítios de onde vieram, e rápido, o mais rápido que consigam mesmo assim não chega”, disse Trump acrescentando ainda que as congressistas “podem bem regressar aos sítios desgovernados e cheios de crime de onde vieram e depois voltar para nos ensinar como resolveram os problemas”.
Ora três das quatro congressistas eleitas nas intercalares do ano passado nasceram nos Estados Unidos. Apenas Ilhan é refugiada da Somália, apesar de se ter naturalizado ainda na adolescência.