No princípio, existiam três sabores disponíveis: maçã de Alcobaça, pêra rocha e a combinação maçã/pêra. A ideia era "adicionar valor aos recursos existentes" - como nos explica João Pereira Silva, responsável pelo Departamento de Gestão da Cooperfrutas - “diminuir o desperdício da fruta fresca sem interesse comercial, feia e com pequenos toques", além de fazer escoar a produção dos associados, valorizando produtos tradicionais e de qualidade como a Maçã de Alcobaça (IGP) e Pêra Rocha do Oeste (DOP), com certificação europeia.
A ideia era simples mas a imaginação das pessoas deu-lhe asas e, desde do lançamento, os produtores têm sido surpreendidos. Cada um começou a utilizar o puré de fruta 100% natural como bem entendeu no dia a dia: há quem consuma à colher, outros comem no intervalo do trabalho ou levam para o ginásio, existem os que simplesmente o adicionam aos iogurtes, fazem sumos ou batidos, mas também há aqueles que usam o puré para a confeção de pratos e sobremesas, como crepes, folhados e gelados.
Conquistou pela inovação a primeira edição do Prémio Intermarché Produção Nacional de 2014, na categoria Frutas e Preparados de Frutas.
Depois do prémio, a fruta transformada da Cooperfrutas passou a ser vendida de norte a sul do país. Podemos encontrá-la ainda em lojas gourmet e no canal Horeca. Escolas de hotelaria na zona centro e em Lisboa testam a "reinvenção" do produto em múltiplas outras aplicações na gastronomia e confeitaria. Têm ainda tido contactos de alguns restaurantes sediados no Algarve, que pretendem satisfazer as exigências de turistas, em particular britânicos, pela tradição de purés no acompanhamento de carnes.
A cooperativa agrega 102 produtores para responder às solicitações do mercado. Eram 200 na sua fundação, em 1998, no entanto hoje está mais modernizada e produz treze vezes mais.