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Israel bombardeia intensamente a Cidade de Gaza enquanto as tropas avançam no solo

As forças israelitas estão a atacar com dureza a cidade, já sitiada, com helicópteros, drones e robôs carregados de explosivos, enquanto as suas tropas vão ganhando terreno em diferentes zonas em redor da urbe, especialmente pelo noroeste, descreve fontes à agência de notícias espanhola EFE

HAITHAM IMAD

O Exército israelita lançou hoje à noite uma série de intensos ataques aéreos contra a Cidade de Gaza, enquanto os seus tanques avançam lentamente em direção para uma invasão terrestre da capital daquele território, segundo informaram fontes locais.

As forças israelitas estão a atacar com dureza a cidade, já sitiada, com helicópteros, drones e robôs carregados de explosivos, enquanto as suas tropas vão ganhando terreno em diferentes zonas em redor da urbe, especialmente pelo noroeste, descreve fontes à agência de notícias espanhola EFE.

Nessa zona, os tanques israelitas vão avançando e recuando para ganhar terreno pouco a pouco, indicaram as mesmas fontes, embora não seja claro se conseguiram cruzar os limites da cidade.

"Relatos de fortes ataques aéreos israelitas no noroeste da Cidade de Gaza surgem enquanto se aproxima uma operação terrestre", informou o jornal israelita Times Of Israel.

Já O Haaretz afirmou que "milhares [de pessoas] fogem de Gaza enquanto as Forças de Defesa de Israel, realizam extensos ataques.

Desde que Israel anunciou os seus planos de invadir e ocupar a Cidade de Gaza, os bombardeamentos aumentaram contra a capital do território, com dezenas de mortes a cada dia, mas também demolições e a destruição de qualquer tipo de infraestruturas.

No último domingo, o Exército israelita derrubou pelo menos cinco torres da cidade de grande altura e hoje fez o mesmo com uma sexta.

Juntamente com aquelas, as Forças Armadas destruíram dezenas de edifícios na capital desde que Israel anunciou a sua intenção de invadir toda a cidade a meio de agosto.

Na semana passada, o Exército israelita declarou toda a Cidade de Gaza como "zona de combate perigosa" e instou os seus residentes a deslocarem-se para a nova "zona humanitária", perto de Jan Yunis, anunciada no sábado, apesar de já estar saturada de deslocados.

Estima-se que na cidade restem pelo menos 650.000 pessoas - segundo os últimos números do Exército israelita - de cerca de um milhão que viviam naquela em meados de agosto, quando Israel anunciou a sua intenção de invadir a capital.