Expresso 2000

Saudades de outros tempos, por João Bernardo Lopes

João Bernardo Lopes

Sou leitor do Expresso desde os primeiros números e, por isso, tenho acompanhado as diversas transformações a que tem sido sujeito. Assim, confesso que o jornal e a revista que o acompanhava há alguns anos me mereciam maior confiança. Havia mais credibilidade, mais cultura, o que suscitava uma maior avidez na leitura.

Tenho saudades do jornal e da revista desses tempos, pois eles 'respiravam' cultura ao abordarem os mais variados temas da atualidade. Guardei durante muitos anos, no sótão da casa, as revistas e só há bem pouco tempo me desfiz delas. 

Os meus filhos, já universitários, colheram nelas ensinamentos que lhes foram bastante úteis durante a sua vida académica. Perdoem-me a franqueza, mas o jornal de hoje e seus cadernos são uma sombra dos de outrora.  

Deparamos com cronistas a rodos e, alguns, opinam consoante as suas tendências político-partidárias. Chamar a esta divergência de opiniões atos de democracia, não!... Deveriam ser independentes nas suas análises críticas, doesse a quem doesse, o que não acontece e me leva até a rotulá-los de intelectualmente desonestos.  

Hoje, continuo a ler o Expresso e alguns dos seus cadernos ('Revista/Atual'), mas sem o entusiasmo de outros tempos.

João Bernardo Lopes

Lousã 

  1. A opinião dos leitores
  2. Um apoio na vida pessoal e profissional, por Almor Serra
  3. O Expresso só à 2ª (ou mesmo à 3ª de manhã), por Santiago Macias
  4. Velhos problemas muito atuais, por Raul da Silva Pereira
  5. Papel por todos os cantos da casa, por Margarida Cunha
  6. Uma pedrada no charco, por João Pinto
  7. O medo de contar verdades incómodas, por António Silva Carvalho
  8. Leitura com música, por José Rodrigues Franco
  9. Três ou quatro semanas de costas voltadas, por José N. Celorico
  10. Em busca do humor, por Maria José Azevedo
  11. 'Conselhos' do Expresso para negócios de família, por José Manuel Bastos