Direito de resposta

DIREITO DE RESPOSTA

Por força da Deliberação ERC/2022/150 (DR-I), de 25 de maio de 2022, publicamos um direito de resposta de Alexandre Teixeira Neto Guerreiro à notícia “Professores da Faculdade de Direito arrasam teses de ex-espião pró-russo sobre a "guerra" na Ucrânia”, divulgada na edição de 6 de Abril de 2022 do EXPRESSO On-Line:

O título apresentado é: “ex-espião pró-russo”.

Nunca fui espião, fui analista de informações (intelligence) no Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, e muito menos prestei trabalho ou colaborei com o Governo russo em ocasião alguma da minha vida pessoal e profissional. Sugerir que sou “ex-espião pró-russo” é sugerir no destinatário que prestei no passado serviços de espionagem a favor da Rússia, o que configura crime de inteligências com Estados estrangeiros à luz da lei portuguesa e afecta a minha idoneidade e perfil moral. Prove, por isso, que sou ou fui ex-espião pró-russo.

“Professores da Faculdade de Direito arrasam teses”.

Falso. O título é claramente desprimoroso e populista com a intenção deliberada de suscitar a curiosidade dos leitores. Se não for essa a razão, o autor da peça desconhece que em eventos científicos não se “arrasam teses” de ninguém, fazem-se reflexões. Além de que: Nuno Rogeiro não é doutrina nem professor na Faculdade de Direito de Lisboa; Nuno Rogeiro alegou ter "entrevistas a canais estrangeiros" para não assistir a 1 segundo que fosse da minha intervenção, logo, não pode ter feito qualquer crítica ou “arrasado” o que não ouviu; o Professor Luís Pereira Coutinho imputou-me uma tese que eu fiz questão de, na resposta, não deixar dúvidas de que tal tese não era minha, era de Moscovo e que eu até estava contra aquela interpretação; o Professor Fernando Loureiro Bastos não me dirigiu qualquer ataque ou crítica, até porque nunca eu disse que não era agressão.

No final, tenho pena que o jornalista Vítor Matos não tenha ouvido o painel seguinte, com o Professor Carlos Blanco de Morais, o qual se dirigiu concretamente à minha ideia.

Pela forma como a peça foi escrita, o jornalista parece esquecer-se que o evento era dedicado à Ucrânia e não ao "pensamento de Alexandre Guerreiro". As posições individuais de cada um não são uma crítica à minha visão se não forem identificadas como tal. Aliás, tirando o Professor Carlos Blanco de Morais, nenhum outro de qualquer painel se referiu à minha tese.

Alexandre Teixeira Neto Guerreiro