Sabias que, desde 2012, a ONU faz um “Relatório Mundial da Felicidade”, medida em 146 países? Em 2024, o país mais feliz do mundo foi a Finlândia, depois a Dinamarca e, a seguir, a Islândia. Em último lugar, esteve o Afeganistão. Portugal ficou no 56.º lugar do ranking! Descobre mais, aqui.
O segredo da felicidade
Mas, como é que os nórdicos têm menos horas de sol e, mesmo assim, são mais felizes? Porque têm melhor qualidade de vida. Para fazer esta comparação, os especialistas basearam-se em seis fatores que os entrevistados tiveram de pontuar de zero a dez:o Produto Interno Bruto (PIB), a expetativa de vida saudável, a generosidade, o grau de apoio social, a liberdade individual e a perceção de corrupção.
Já ouviste falar em Felicidade Interna Bruta (FIB)?
É um indicador que existe desde 1972, por iniciativa do Rei do Butão, na região dos Himalaias, que decidiu medir o desenvolvimento, com base nos fatores económicos, na felicidade e no bem-estar de uma nação.
Além destes fatores, incluíram o bem-estar psicológico, o uso do tempo, a educação, a cultura, a preocupação com a sustentabilidade, entre outros. É um caso pioneiro que inspirou o resto do mundo e hoje é usado em muitas empresas.
As hormonas da felicidade
Estas quatro hormonas do “bem-estar” são chamadas de neurotransmissores porque transmitem mensagens ao corpo, desde que são libertadas pelas glândulas e seguem pela corrente sanguínea. São elas que passam a mensagem para o corpo funcionar de determinada forma e fazer-nos sentir bem.
A serotonina
Esta hormona e neurotransmissor complexo é responsável por regular o humor, o sono, o apetite, a aprendizagem e gerar confiança e autoestima. A solidão e a depressão podem estar associadas a baixos níveis desta hormona (mas não só). Fazer voluntariado, um desporto em equipa, apanhar sol, dar uma corrida, receber uma massagem ou ter o hábito de expressar gratidão, pode aumentar os níveis de serotonina.
A dopamina
Recompensa e prazer estão associados a este neurotransmissor. Ganhar um jogo, receber o salário ou a mesada, comer coisas de que gostamos, atingir um objetivo ou ouvir música, são alguns exemplos. Adiar uma tarefa ou ter muitas dúvidas pode representar alterações nos níveis desta hormona.
A oxitocina
Sabias que esta hormona do amor está presente durante o nascimento e é essencial na amamentação? Também está relacionada com o contacto físico, a empatia e a criação de laços entre as pessoas. É ainda libertada quando damos abraços, estamos apaixonados ou damos festas aos nossos animais de estimação! Mas, cuidado, “a inveja é um sentimento muito feio” e também pode ser desencadeada pela oxitocina.
As endorfinas
As hormonas do bem-estar chamam-se endorfinas e atuam como calmantes naturais do corpo, em resposta à dor ou ao stress. Existem mais de 20 e são libertadas pelo hipotálamo e pela glândula pituitária. Rir, namorar, comer boas refeições ou correr, são ações em que libertamos endorfinas.
Uma boa ação por dia, não sabes o bem que te fazia!
Aumenta os teus níveis de felicidade com pequenas (grandes) atitudes. Tenta colocar em prática, pelo menos, uma destas sugestões por semana. Assinala tudo no calendário e, no final do mês, vê como te sentes:
- Diz bom dia a quem se cruzar contigo!
- Destralha e doa o que já não precisas
- Passa uma tarde inteira com os avós
- Cede a tua vez na fila do bar da escola
- Almoça ao ar livre com os teus amigos
- Pede desculpa a alguém a quem devas esse pedido
- Fecha a torneira e poupa água!
- Esconde um bilhete surpresa no bolso de alguém
- Elogia os teus pais: o que é que mais admiras neles?
- Dá-te um abraço, a sério!
Atenção! A felicidade não é um estado permanente
Ninguém é feliz a toda a hora, mas cuidar da saúde (incluindo a mental!), comer bem, dormir melhor e ter tempo para os nossos hobbies, pode trazer momentos de felicidade, mas principalmente de tranquilidade.
“Faz o que gostas e não terás de trabalhar um dia na tua vida!”. Se faz toda a diferença estudarmos e trabalharmos matérias de que gostamos, também é verdade que, às vezes, temos de fazer coisas de que não gostamos.
O grande desafio não é ser feliz: é encontrar o ponto de equilíbrio. Isto, porque também é importante aprender a não fazer nada, saborear o presente e tomarmos contacto com as nossas emoções, nem que seja a meditar ou na companhia de um bom livro. E tu, o que vais fazer agora?