Foi uma das primeiras conquistas legislativas do Portugal democrático. O Direito à greve ganhou força de lei há precisamente 50 anos, no pós-Revolução dos Cravos, com o Decreto-Lei n.º 392/74, de 27 de agosto. Mas a história mostra que mais do que a conquista de um novo direito, esteve em causa a reconquista de um direito que os trabalhadores viram suspenso durante mais de 40 anos, entre 1933 e 1974. Nos últimos 50 anos, Portugal viveu dez greves gerais de trabalhadores (quatro unindo a CGTP e a UGT), quase metade durante o Governo de Pedro Passos Coelho, com a troika em Portugal. A contestação a alterações a Lei do Trabalho, com perda de direitos para os trabalhadores, os salários e a degradação das condições de vida e trabalho foram denominadores comuns em momentos da história do país totalmente distintos.
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Direito à greve foi reconquistado há 50 anos: eis as greves gerais que pararam o país
Direito à greve foi reconhecido em Portugal há precisamente cinco décadas. História daquele que é hoje um direito constitucionalmente consagrado conta-se entre avanços e recuos, desde a primeira greve realizada no país, em 1849