Trabalho

Perto de 30% dos desempregados encontraram emprego no primeiro trimestre de 2024

Mais de 91 mil pessoas que no quarto trimestre de 2023 estavam em situação de desemprego regressaram ao mercado de trabalho nos primeiros três meses deste ano, aponta o INE

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O quarto trimestre de 2023 fechou com 354,6 mil desempregados contabilizados. Desses, 25,9% (91,8 mil) regressaram ao mercado de trabalho nos primeiros três meses deste ano, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE) na síntese trimestral de fluxos no mercado de trabalho, divulgada esta quarta-feira. O serviço público de estatística aponta ainda que 163,9 mil trabalhadores com contratos a termo (22,5%) viram o seu vínculo ser convertido num contrato sem termo.

“Do total de pessoas que estavam desempregadas no quarto trimestre de 2023, 56,4% (200 mil) permaneceram nesse estado no primeiro trimestre de 2024, 25,9% (91,8 mil) transitaram para o emprego e 17,7% (62,8 mil) transitaram para a inatividade”, sublinha o INE na nota que acompanha os dados conhecidos esta quarta-feira.

O organismo de estatística clarifica que 96,5% (4805,8 mil) das pessoas que estavam empregadas no quarto trimestre do ano passado permaneceram nessa situação no primeiro trimestre deste ano. Já 1,7% (83,4 mil pessoas) “transitaram para o desemprego e 1,8% (91,3 mil) para a inatividade”.

Os dados mostram que a transição para o emprego abrangeu sobretudo os homens, com cerca de 28,7% (48,9 mil) dos que estavam em situação de desemprego a transitar para o mercado de trabalho. Número que compara com 23,3% (43 mil) do lado das mulheres.

O INE explica ainda que no período de análise considerado, 30,8% (70 mil pessoas) dos desempregados de curta duração e 18,1% (24,6 mil) dos inativos (pessoas que no período de referência dos dados não estavam empregados nem desempregados), a chamada “força de trabalho potencial”, transitaram para o emprego.

Nota ainda para a precariedade, com o INE a sinalizar que do total de trabalhadores por conta de outrem que no último trimestre do ano passado tinham contrato de trabalho a termo ou outro, como prestações de serviços, uma fatia de 22,5% (163,9 mil pessoas) passaram a ter contrato sem termo no primeiro trimestre deste ano.