Com o novo Governo de Luís Montenegro em funções, os parceiros sociais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) já preparam o “caderno de encargos” que querem apresentar ao Executivo. Ainda sem data marcada para retomar as reuniões regulares que sentam à mesma mesa patrões, sindicatos e Governo, uns e outros fazem contas ao que ficou de herança de António Costa, ao que continua por fazer e ao que é preciso acrescentar à lista.
Os patrões querem maior foco na economia e no investimento para permitir a ambicionada subida dos salários. Bem como uma nova mexida na lei laboral, alterada em março do ano passado e que dizem ser “altamente penalizadora para as empresas”. É uma ambição que promete transformar-se num dos principais pontos de tensão entre patrões e sindicatos, com os últimos a rejeitar por completo uma reversão das alterações introduzidas ao Código do Trabalho (CT), exigindo ainda que o Executivo honre os compromissos salariais que assumiu com os diversos grupos profissionais.