"Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2023, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+20.289), os detentores do ensino secundário (+17.065) e os que procuram um novo emprego (+14.043)", explica a nota que acompanha a síntese estatística mensal do IEFP.

A desagregação dos dados por região mostra que, no mês de fevereiro, o desemprego registado aumentou, em termos homólogos (na comparação com o mesmo mês de 2023), em todas as regiões do país, com exceção dos Açores e da Madeira, onde recuou 12,3% e 22,6%, respetivamente. Em sentido inverso, a maior variação homóloga do desemprego registado ocorreu na região do Alentejo, com um aumento de 11,3%.

Já quando se analisa a variação em cadeia, ou seja, face ao mês anterior, com exceção da Região de Lisboa e Vale do Tejo, a tendência é de redução do desemprego registado, com a maior variação a acontecer na região do Algarve, onde o número de inscritos recuou 8,8% face a janeiro.

Por grupo profissional, foram os “trabalhadores não qualificados“ (27,6%), “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (20,7%), o "pessoal administrativo"(11,8%) e os "especialistas das atividades intelectuais e cientificas" (10,1%) a responder pela maior variação homóloga do desemprego.

Ao longo do mês de fevereiro inscreveram-se nos serviços públicos de emprego do país 48.398 desempregados, número que traduz um aumento de 15,4% (+6446) face ao mesmo mês de 2023, mas que representa uma redução de 18,3% (-10.820) face a janeiro deste ano.

As ofertas de emprego recebidas ao longo do mês de fevereiro totalizaram 9075 em todo o país, número inferior ao do mês homólogo de 2023 (- 904;-9,1%) e inferior também ao do mês anterior(- 1008; -10%). No final de fevereiro 11.377 ofertas de emprego estavam por satisfazer, menos 2020 (-15,1%) do que há um ano e mais 654 (+6,1%) do que no mês anterior.