Há sete meses consecutivos que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal tem vindo a subir. Segundo os dados mais recentes do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), divulgados esta terça-feira, no primeiro mês do ano estavam inscritos 335.053 desempregados nos centros do IEFP.
Este valor representa uma subida de 5,5% (mais 17,3 mil) face a dezembro e de 4% (mais 12,9 mil) face a janeiro de 2023.
Desde fevereiro de 2022 que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego não era tão elevado. Na altura, foram contabilizados cerca de 344 mil desempregados.
Do total de desempregados inscritos, 59,2 mil inscreveram-se mesmo em janeiro, mais 3,3 mil pessoas do que em janeiro de 2023 e mais 15,1 mil que em dezembro.
“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2023, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+18.119), os detentores do ensino secundário (+15.093) e os que procuram um novo emprego (+12.907)”, explica o IEFP na nota divulgada esta terça-feira.
Por região, apenas na Madeira e nos Açores não houve um aumento dos inscritos nos serviços de emprego. No Continente, o aumento mais expressivo foi registado no Alentejo (mais de 10%).
Por grupo profissional, a nota destaca “os mais representativos, por ordem decrescente: “trabalhadores não qualificados“ (27,7%); “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (20,7%); ”pessoal administrativo" (11,6%) e "especialistas das atividades intelectuais e científicas" (9,9%)".
O IEFP indica ainda que “as ofertas de emprego por satisfazer, no final de janeiro de 2024, totalizavam 10.723, nos serviços de emprego de todo o país”, menos 1,6 mil que em janeiro do ano passado (ou seja, uma queda de 13%) e menos 370 (menos 3,6%) que em dezembro.