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“É difícil comer, é difícil dormir. Tenho ataques de ansiedade”: “querem calar a pronúncia do Norte” mas jornalistas da Global Media gritam

Jornalistas do grupo Global Media marcharam no Porto em protesto contra os despedimentos. Exigiram também o pagamento do subsídio de Natal e do salário de dezembro. “Há uma enorme vontade de lutar. Se for para cair, é para cair de pé”, garantem os trabalhadores. JN, DN e O Jogo não vão para as bancas esta quinta-feira

Marcha de protesto dos trabalhadores do grupo Global Media no Porto
RUI DUARTE SILVA

O salário de dezembro teima em não cair na conta. “O Natal já lá vai e o subsídio nem vê-lo”, lê-se num dos cartazes, enquanto um outro resume a insustentável situação: “trabalhar sem receber para o fundo enriquecer”. Hoje, 10 de janeiro de 2024, foi dia de dizer “basta”. A TSF não deu voz às notícias porque os trabalhadores não se calaram. A redação d’O Jogo fez pressão alta e, pela primeira vez desde a sua fundação em 1985, o diário desportivo estará offside – não vai para as bancas esta quinta-feira, à semelhança do Diário de Notícias e do JN que também não vão ser impressos.

Os jornalistas dos vários títulos da Global Media pararam as máquinas com uma greve conjunta cuja adesão foi quase total contra o despedimento de até 200 funcionários. Na Invicta, os funcionários deste grupo de comunicação social marcharam desde a emblemática Torre do JN, antiga e histórica sede do único jornal feito na cidade, até à Câmara Municipal do Porto.