Trabalho

Desemprego sobe para 6,5% em setembro

INE contabilizou 343,6 mil desempregados em Portugal no mês de setembro. População desempregada aumentou 2,2 pontos percentuais face a agosto deste ano e 7,5 pontos percentuais face ao mesmo mês do ano passado

marcos borga

A taxa de desemprego em Portugal aumentou para 6,5% em setembro, face aos 6,4% de agosto (mês cuja projeção inicial, de 6,2%, foi agora revista em alta), apontam os dados provisórios divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em setembro, o número desempregados no país terá chegado a 343,6 mil, invertendo a tendência de estabilidade que vinha demonstrando em meses anteriores.

A população ativa e a inativa mantiveram-se praticamente inalteradas em setembro, face ao mês anterior. Mas a população empregada - estimada pelo INE em 4,951 milhões de pessoas - diminuiu em cadeia (na comparação com agosto deste ano), registando menos 6,4 mil pessoas (-0,1%), e o número desempregados aumentou, acrescentando num só mês 7,3 mil pessoas (2,2%) à estatística.

Na comparação com o período homólogo, ou seja, setembro de 2022, a população ativa sobe 1,6% (83,5 mil), tal como a população empregada que regista uma subida de 1,2% (59,5 mil). E sobe também a população desempregada 7,5%, contabilizando-se este ano mais 24 mil desempregados do que no mesmo mês do ano passado. Já a população inativa “diminuiu em 51,6 mil pessoas (2,1%) devido, sobretudo, ao decréscimo do número de outros inativos (42,9 mil; 1,9%)”, explica a nota que acompanha a síntese estatística.

Segundo a autoridade estatística nacional, estes resultados determinaram uma variação na taxa nacional de desemprego, que se situou em 6,5% em setembro deste ano, um aumento de 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mês anterior e de 0,4 p.p. em relação ao mês homólogo de 2022.

Ainda em setembro de 2023, a subutilização do trabalho - indicador que considera, além dos desempregados, também as pessoas que o INE classifica como inativas por não procurarem ativamente emprego ou não estarem disponíveis no imediato para aceitar um posto de trabalho - abrangeu 634,3 mil pessoas. O valor é superior ao do mês anterior (1,1 mil; 0,2%), e também ao registado no período homólogo de 2022 (21,8 mil; 3,6%).

Já a taxa de subutilização do trabalho, que o INE estima que tenha ficado em 11,7% em setembro, manteve-se inalterada em relação ao mês anterior, tendo, contudo, aumentado 0,3 p.p. por comparação com a do mesmo mês do ano passado.

O INE reviu ainda em alta a estimativa de desemprego avançada para o mês de agosto, de 6,2% para 6,4%. Nesse mês, estavam em situação de desemprego 336,3 mil pessoas, número que fica em linha com o registado em julho deste ano, mas que traduz um aumento de 6,3% face a agosto de 2022.