Trabalho

Em teletrabalho as pessoas "não trabalham tanto", diz CEO da Blackstone

O presidente executivo da Blackstone diz que as pessoas são fãs do teletrabalho pois “não trabalham tanto” e poupam dinheiro em deslocações, almoços e roupa

Westend61

O presidente executivo da Blackstone, Steve Schwarzman, disse, esta terça-feira, que está difícil conseguir atrair os trabalhadores de volta para os escritórios uma vez que em teletrabalho a carga de trabalho é menor, escreve a “Bloomberg”.

Na sua ótica, as pessoas são fãs do teletrabalho pois “não trabalham tanto” e poupam dinheiro em deslocações, almoços e roupa.

Por isso existem várias vagas em edifícios de escritórios nos Estados Unidos. O líder da gestora de ativos (proprietária de vários imóveis) espera que as empresas reduzam o espaço quando os seus contratos de arrendamento terminarem e disse que alguns desses imóveis “não podem sobreviver como entidades económicas”.

Ainda assim, os edifícios de escritórios mais novos estão a mostrar-se resilientes e a procura por outras categorias de imóveis, como armazéns, continua a aumentar.

Grandes bancos internacionais recuam

Schwarzman falava num painel na cimeira da Future Investment Initiative em Riade, na Arábia Saudita. Na mesma cimeira, o presidente executivo do Goldman Sachs relembrou que os seus funcionários já voltaram em força aos escritórios e que estão a “funcionar da mesma forma que antes da pandemia”. E não é o único.

Em setembro, o Barclays convocou os seus banqueiros de investimento para irem ao escritório pelo menos quatro dias por semana e já outros bancos como o Morgan Stanley e o JPMorgan pediram o mesmo aos seus funcionários.

Fora da banca, a General Motors também pediu recentemente aos funcionários corporativos que voltassem ao trabalho presencial, pelo menos em parte do tempo, à semelhança da Tesla.

Por cá, o teletrabalho aparenta estar mais resiliente, com cerca de 908,9 mil trabalhadores em Portugal (19,3% da população empregada no país) em regime de trabalho remoto (total ou parcial) no mês de junho. A nova administração da AICEP tomou posse em junho e no mês seguinte começou a notificar os trabalhadores da decisão de regresso ao regime presencial.