A diferença salarial entre mulheres e homens nos países de elevado rendimento oscila entre os 10% e os 20% - sempre a favor deles. Uma assimetria que persiste apesar de muitos destes países terem legislação sobre igualdade nas remunerações e, mais ainda, as mulheres terem, muitas vezes, níveis de escolaridade superiores. Portugal é um desse países. “Porque é que isto acontece?” É essa a interrogação lançada pela Real Academia Sueca de Ciências. E é precisamente a esta pergunta, bem como a outras sobre o papel das mulheres no mercado de trabalho, e as assimetrias em relação aos homens, que a investigação da economista Claudia Goldin, procura responder. E que a levou a ser galardoada com o Nobel da Economia de 2023. “Sempre pensei em mim própria como detetive! Um detetive acredita sempre que há uma forma de encontrar a resposta e é dessa forma que sempre fiz investigação”, disse Claudia Goldin em reação à atribuição do Nobel.