O Fundo de Resolução, presidido por Luís Máximo dos Santos, comprou por 128,7 milhões de euros direitos representativos de 4,14% do capital do Novo Banco ao Estado, informou o Fundo em comunicado divulgado esta quarta-feira.
Recorde-se que o Fundo tinha 25% do capital do Novo Banco em 2017 e a Lone Star 75%. Este fundo norte-americano mantém os 75%. O Fundo de Resolução foi diluindo a sua posição, mas resolveu agora comprar o crédito fiscal que estava do lado do Estado, evitando desta forma reduzir ainda mais a sua posição.
Ao todo, Estado e Fundo continuarão a deter 25% do capital do Novo Banco, mas, fruto da transação agora anunciada, o Estado passará a ter 11,46% do Novo Banco e o Fundo de Resolução ficará com 13,54%.
A operação estava em cima da mesa desde abril, como noticiou o Expresso.
O Fundo de Resolução continua a ser o segundo maior acionista do Novo Banco. Se não optasse pela compra dos créditos por impostos diferidos ao Estado este passaria a ser o segundo maior acionista, depois da Lone Star.
Recorde-se que o banco liderado por Mark Bourke quer colocar o Novo Banco em Bolsa, e desta forma o Fundo antecipa poder ganhar mais no caso de uma venda futura ser bem sucedida do ponto de vista de encaixe financeiro.