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Sistema financeiro

Candidato à liderança da Autoridade da Concorrência quer analisar eficácia das coimas milionárias

Ouvido no Parlamento, Nuno Cunha Rodrigues garantiu independência face ao poder político, acrescentando que a experiência como administrador na CGD é uma “mais-valia” para a Autoridade da Concorrência

Nuno Fox

Um dia após o Ministério Público propor uma machadada nas condenações no cartel dos seguros, o candidato a presidente da Autoridade da Concorrência (AdC), entidade de onde saiu a investigação, assumiu que é preciso perceber o que motiva as diferenças entre as decisões tomadas pela autoridade e as confirmações em tribunal.

Uma das tarefas que Nuno Cunha Rodrigues, nome proposto pelo Governo para a presidência da AdC, é “apreciar cuidadosamente as decisões judiciais proferidas, em particular pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, verificando em que medida divergem da AdC”. “Com este exercício, visa-se extrair conclusões que possam ajudar a avaliar as decisões proferidas pela AdC”, disse o especialista em direito económico na audição parlamentar que teve lugar esta terça-feira, 24 de janeiro, na comissão de economia.