Indústria

Empresa que comercializa o Ozempic é a mais valiosa da Europa e "salvou" a Dinamarca da recessão em 2023

A indústria farmacêutica evitou uma queda do PIB dinamarquês em 2023: a economia cresceu 1,8% em 2023 e, sem os produtos farmacêuticos, teria caído 0,1%. Segundo o Danske Bank, o PIB do país irá crescer 2,1% em 2024, principalmente devido ao contributo da Novo Nordisk, criadora do famoso Ozempic

JOEL SAGET

A gigante farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk e os seus populares medicamentos Ozempic e Wegovy ajudaram a Dinamarca a evitar uma contração do PIB no ano passado e deverão impulsionar a subida do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, segundo um relatório do maior banco do país nórdico, o Danske Bank.

Segundo o jornal online “Quartz”, o Danske Bank prevê que o produto interno bruto da Dinamarca crescerá 2,1% em 2024, principalmente devido ao contributo da farmacêutica. “Grande parte da razão [do sucesso da economia dinamarquesa] é o enorme sucesso da gigante farmacêutica Novo Nordisk, cujo crescimento está a impulsionar os níveis gerais de atividade”, lê-se no relatório.

Já em 2023 a farmacêutica tinha sido um grande impulso para a economia do país. O gabinete estatístico Statistics Denmark indicou que PIB da Dinamarca cresceu 1,8% em 2023 e que, sem os produtos farmacêuticos, o PIB do país teria caído 0,1%.

A Novo Nordisk é responsável pelo famoso medicamento para emagrecer, que começou por ser um medicamento para a diabetes. Trata-se do Ozempic, o antidiabético que as celebridades de Hollywood admitiram usar para perder peso.

Ozempic e Wegovy pertencem os dois à Novo e são os nomes comerciais de dois medicamentos injetáveis à base de semaglutido, uma proteína capaz de reduzir a quantidade de açúcar no sangue e de informar ao cérebro que a pessoa já está satisfeita e sem fome. Mas o primeiro é exclusivamente, na teoria, para tratar a diabetes, o segundo é aconselhável para tratar a obesidade.

A procura destes medicamentos fez da Novo Nordisk a empresa mais valiosa da Europa , ultrapassando o conglomerado de luxo LVMH no ano passado, refere o jornal.