O Ministério das Finanças (MF) anunciou esta quinta-feira que a campanha de entrega do IRS, referente aos rendimentos de 2024, terminou com a submissão de cerca de 6,3 milhões de declarações - mais 300 mil face à campanha anterior, quando se registaram perto de 6 milhões de declarações.
Em comunicado, o gabinete de Joaquim Miranda Sarmento detalha que mais de 1,7 milhões de declarações foram feitas através da modalidade do IRS automático.
Até 30 de junho, data em que terminou o prazo para entrega do IRS, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) já tinha liquidado mais de 5,3 milhões de declarações, o que representa um aumento de 400 mil face ao mesmo dia do ano passado.
Dessas declarações, mais de 2,31 milhões tiveram direito a devolução de IRS, num valor total de 2,14 mil milhões de euros. Isto significa que menos de metade das declarações liquidadas pela AT tiveram reembolso.
Embora em 2023 tenham sido submetidas menos declarações de IRS, um maior número de contribuintes recebeu reembolso: mais de 3 milhões, no montante global de 3,1 mil milhões de euros. Importa ressalvar, não obstante, que estão ainda por processar cerca de um milhão de declarações e que o número de contribuintes reembolsados e o valor das devoluções pode aumentar.
A redução dos reembolsos já era esperada, na sequência dos ajustes feitos pelo Governo nas tabelas de retenção na fonte durante o ano passado, que fizeram com que os trabalhadores descontassem menos (e, por isso, tivessem menos a haver na entrega do IRS). Até agora, a diferença é de 1000 milhões de euros, face à campanha anterior, em linha com a previsão do Conselho das Finanças Públicas.
Por último, as Finanças revelam que foram pagos, também até 30 de junho, 2,2 milhões de reembolsos, no montante global de 2,14 mil milhões de euros, das quais 679 mil correspondem a declarações automáticas. E acrescenta que o prazo médio de reembolso no caso do IRS automático situou-se nos 12,8 dias.