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Finanças pessoais

Certificados de Aforro brilham menos, mas ainda ofuscam depósitos

Juros médios nos depósitos continuam a render menos do que os Certificados de Aforro, Finanças acreditam que bancos vão subi-los

Nuno Fox

Os últimos meses têm sido de ouro para os Certificados de Aforro. Não só para os que estavam em comercialização, que logo à partida começam com um juro de 3,5%, como para os antigos, que também têm visto essa remuneração indexada à Euribor a abrilhantar estas aplicações. Há séries antigas que dão juros superiores a 5%, graças à junção dos prémios de permanência. Mas o brilho deste produto para os novos subscritores vai agora abrandar, por decisão do Governo, e as alternativas atrativas são reduzidas, sobretudo para quem tem pouco para investir, e, quando as há, enfrentam comissões. E a inflação, embora a baixar, continua a ser superior.

Por decisão do Ministério das Finanças, a taxa de juro base máxima da nova série dos Certificados de Aforro (série F) baixa dos 3,5% da anterior série (E) — que já tinham sido atingidos — para 2,5%. A remuneração dos certificados subscritos a partir desta semana fica praticamente no patamar onde se encontrava em novembro do ano passado. Mesmo assim, vieram fortes críticas dos partidos, acusando o Governo de ceder à pressão da banca.