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Polónia: como um espirro da maior economia de Leste pode engripar as empresas portuguesas

A Jerónimo Martins e o BCP são as duas empresas portuguesas com maior presença na Polónia. Enquanto no caso da retalhista, o país é a sua maior fonte de rendimento, para o banco, Varsóvia tem sido sinónimo de dificuldades. Afinal, que importância tem a maior economia do Leste europeu para Portugal?

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"A economia polaca está permanentemente a crescer. A economia portuguesa não cresceu neste século e não há grandes perspetivas de crescimento para o futuro. Nesse sentido, quando nós olhamos para a perspetiva desse mercado [Polónia], vai crescer muito mais do que Portugal, até porque somos uma sociedade muito mais envelhecida". As palavras são de Pedro Soares dos Santos, presidente-executivo da Jerónimo Martins, numa entrevista à Euronews, feita no início deste ano, a propósito da sua operação naquele país, onde atua através da Biedronka.

Mas, no primeiro semestre deste ano, foi de Varsóvia que sopraram ventos de preocupação para a dona do Pingo Doce (e que a levou a afundar em bolsa). A economia polaca deverá crescer 3,1% este ano e 3,5% no próximo, segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, por isso, não será com a saúde do Produto Interno Bruto (PIB) que os investidores estão receosos. Mas foi outro indicador que provocou um reboliço no mercado: o consumo.