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AMG Critical Materials adquire 15,77% da Savannah Resources, dona do projeto de lítio do Barroso

A AMG, que é cotada na bolsa de Amesterdão, vai injetar 19 milhões de euros na Savannah Resources e adquirir parte da produção de lítio que virá da mina do Barroso

Barroso, no concelho de Boticas, deve receber exploração de lítio da Savannah Resources
D.R.

A AMG Critical Materials, uma empresa cotada na bolsa de Amesterdão, vai investir 19 milhões de euros num aumento de capital da Savannah Resources, a empresa que detém o projeto de extração de lítio do Barroso, na região Norte de Portugal.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, a Savannah informa que a AMG ficará com uma participação de 15,77% no seu capital, sendo que o preço de aquisição corresponde a um prémio de 35% face à cotação média das ações da Savannah nos últimos 30 dias.

“O acordo com a AMG, uma empresa global de materiais críticos e um dos líderes na fileira do lítio na Europa, coloca o projeto de lítio do Barroso, o maior recurso de espodumena de lítio na Europa, numa posição de grande estabilidade”, salienta a Savannah no mesmo comunicado.

Com este novo investidor, a empresa consegue “financiamento total para completar os seus fluxos de trabalho em curso e planeados”. Por outro lado, a AMG compromete-se a, durante os primeiros cinco anos, comprar 45 mil toneladas por ano de espodumena de lítio da Savannah, o equivalente a até 25% da produção prevista do projeto do Barroso.

No comunicado a empresa liderada pelo português Emanuel Proença diz ainda que “a Savannah mantém a maioria da sua capacidade produtiva não alocada”, o que lhe permitirá “vendê-la a um parceiro adicional ou no mercado aberto”, sendo que “a mistura de quartzo e feldspato para a indústria cerâmica mantém-se também livre para novas parcerias”.

“Este acordo reconhece o grande potencial do recurso de espodumena de lítio do Barroso. A parceria hoje anunciada vai permitir à Savannah continuar a fazer crescer a sua equipa em Portugal e continuar a desenvolver as suas várias frentes de trabalho”, comentou Emanuel Proença.