O CEO (presidente executivo) da empresa italiana Prada afirmou esta segunda-feira que não está à procura de novas aquisições. No que diz respeito às fusões e aquisições, “não tenho novidades”, afirmou o gestor.

Em declarações ao jornal Financial Times, Andrea Guerra afirmou que o grupo não está a tentar adquirir concorrentes como a Armani, ou a Versace, mas a procurar expandir as suas marcas existentes. "Estamos concentrados nas nossas marcas", sublinhou.

Os rumores de uma potencial fusão da Prada com outras marcas aumentaram no mês passado, após o estilista Giorgio Armani ter referido à Bloomberg a possibilidade de o seu grupo se fundir com um concorrente de maior dimensão ou entrar em bolsa.

Em abril, a Prada anunciou que as vendas líquidas a retalho da Miu Miu aumentaram 89% no primeiro trimestre de 2024, o que fez subir as vendas do grupo. A sua principal marca, a Prada, também está a crescer, apesar do recente abrandamento no sector do luxo.

A marca está a duplicar a sua estratégia de retalho, com investimentos previstos de mil milhões de euros para os próximos cinco anos.

O grupo adquiriu recentemente fornecedores locais, incluindo a compra de uma participação de cerca de 44% na Superior, uma fábrica de curtumes da Toscana, em 2022.

Andrea Guerra também disse nesta segunda-feira que uma dupla cotação (a empresa já tem as suas ações na bolsa de Hong Kong, mas poderia também vir a estar na bolsa italiana), que o grupo considerava desde 2022, já não era uma “prioridade" para os acionistas. Apesar de excluir a possibilidade de o seu grupo tomar medidas importantes a curto prazo, Guerra disse que espera mais atividade de fusões e aquisições no sector nos próximos anos. "Dentro de dois, três, cinco anos, muitas coisas vão acontecer, a consolidação vai acontecer", disse Guerra, sem especificar possíveis intervenientes.