Uma advogada-geral do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) defendeu, esta quinta-feira, que a Google deve pagar a multa de 2,4 mil milhões de euros por violação das regras da concorrência no serviço de comparação de preços, imposta por Bruxelas.

A recomendação de Juliane Kokott é de que seja confirmada a multa, bem como o abuso pela Google da sua posição dominante nos motores de busca "para favorecer o seu próprio comparador de preços", segundo um comunicado de imprensa do TJUE.

O caso arrasta-se desde junho de 2017, quando a Comissão Europeia impôs a sanção à multinacional, por violação das regras da concorrência na UE.

As recomendações dos advogados-gerais não vinculam o Tribunal da UE, mas são em regras geral seguidas pelos juízes nos seus acórdãos.

Em novembro de 2021, a Google tinha já sido condenada a pagar a multa, mas recorreu da sentença.

"Vamos analisar o parecer do advogado-geral e aguardar a decisão final do tribunal. Independentemente do recurso, vamos continuar a investir na nossa solução, que tem funcionado com sucesso há vários anos, e a trabalhar de forma construtiva com a Comissão Europeia", declarou, numa primeira reação, um porta-voz da Google.