A Google vai pagar 700 milhões de dólares (cerca de 641 milhões de euros ao câmbio atual) para resolver uma ação movida por um grupo de estados norte-americanos que acusa a empresa de anti-concorrência na PlayStore em dispositivos Android (o sistema operativo mais usado no mundo).
O anúncio dos termos do acordo, alcançado em setembro, ocorre depois da Epic Games, criadora do jogo online Fortnite, ter ganho um caso semelhante contra a empresa de tecnologia na semana passada - ainda que a Google vá recorrer.
Segundo o “Financial Times”, a Google irá pagar 630 milhões de dólares (577 milhões de euros) para um fundo de liquidação para consumidores e outros 70 milhões de dólares (64 milhões de euros) para um fundo para os estados em causa.
O acordo, citado pelo jornal, indica ainda que a empresa terá concordado em fazer alterações à forma como o sistema Android funciona nos Estados Unidos da América (EUA), como permitir que os criadores de aplicações implementem um método de pagamento alternativo para compras na aplicação. Atualmente, segundo a acusação, a Google cobra uma taxa de 15% a 30% com o método de pagamento na Play Store e impede métodos de pagamento alternativos que poderiam oferecer taxas mais baixas.
Em novembro de 2022 a Google iniciou um teste em parceria com o Spotify, que dava a opção aos utilizadores de usar o sistema de faturação do Google Play ou pagar diretamente ao Spotify. A empresa comprometeu-se a lançar essa opção na Play Store.
Todos os 50 estados dos EUA, mais o Distrito de Columbia, Porto Rico e as Ilhas Virgens dos EUA, assinaram o acordo com a Google. O acordo requer ainda a aprovação do juiz federal da Califórnia.